junho 08, 2018

=INFERNO INTERIOR=






A noite fria e sem luar sufoca os pensamentos enquanto a pressão atmosférica castiga o corpo. Em determinado momento, devido ao torpor, o corpo parece flutuar guiado por forças externas à vontade do ser.

O estado de inércia é tamanho que, ao se dar conta, está parado às portas do inferno, observado pelo próprio guardião das profundezas de tortura e sofrimento. Até que ponto isso é real? Há como diferenciar o palpável daquilo que foi criado pela mente?

A percepção das coisas depende do modo como são encaradas. Neste caso, tanto o inferno quanto os demônios que o habitam são interiores, e a batalha é pessoal. Não é fácil, visto que seus maiores temores se agigantam diante dele, minando sua confiança e sua força, provocando uma “sangrenta” batalha mental.

Basta um instante de insegurança para que as hordas malignas se apoderem de seu corpo e mente, infringindo ciclos intermináveis de dor e questionamentos “e se…”. E se as coisas fossem diferentes? E se tivesse agido de outra forma? Não existe “e se...”. Tudo é o que é por uma razão. Suas escolhas o levaram a ser quem ele é hoje.

O lamento por algo que poderia (ou não) ter ocorrido é em vão. A vida cobra, e com juros. No momento em decidiu tomar alguma atitude, o destino se traçou e, mesmo mutável, esse destino é a consequência de suas próprias decisões.

Entretanto, um lampejo de esperança ainda permeia seus pensamentos e acabam por lhe dar forças para resistir aos incessantes ataques de sua mente pessimista. Um “fio de Ariadne” para guiá-lo para fora do labirinto de tormento criado por sua própria mente. Porém, esse fio é somente psíquico, sendo necessária grande força de vontade para não deixá-lo escapar por entre os dedos.

Ao se dar conta de que sua salvação depende única e exclusivamente de sua força, ele se lança ao encontro dos agentes infernais que ele próprio alimentou e fortaleceu durante anos. Uma última batalha contra si mesmo. A peleja derradeira. Caberá somente a ele sair vivo, porém marcado para o resto de sua existência terrena.

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não sei se alguém ainda passa por aqui, mas decidi reativar o blog e espero que você goste do que verá.

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se você ainda não se esqueceu, saiba que eu também não...

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abril 21, 2011

A Wrong Word....






Uma palavra errada, no momento errado, é tudo o que basta para magoar a pessoa que você ama. Somente uma palavra! Queria muito poder voltar atrás no que foi dito naquele momento e dizer algo diferente, algo que  não tivese te deixado irritada e que pudesse te mostrar o quanto eu te amo...

Você é a pessoa mais importante na minha vida. É a melhor coisa que já me aconteceu! Me arrependo profundamente por não ter te encontrado antes. De todas as pessoas que não estão aqui, você é a única de quem eu sinto falta, de quem sinto saudades... Você faz muita falta na droga da minha vida!
 
Eu quero poder passar o resto da minha vida ao teu lado, poder dormir e acordar todas as manhãsvendo teu sorriso. Você faz com que me apaixone, e caia aos teus pés todos os dias. É quem dá sentido à minha existência miserável...

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365 dias...


Um ano... Já faz um ano que estamos juntos e descobri que não consigo mais viver sem vc...

Parabéns, minha gata, minha vida!!


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março 16, 2011

WTF??

Antes de mais nada, sei que faz tempo que não venho aqui postar alguma coisa, mas hoje, esse hiato acaba... Pelo menos temporariamente... Vamos então ao texto:

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O que anda acontecendo? Por que parece que a cada dia parece que as pessoas se importam mais com o dinheiro do que com o bem estar? O que está havendo com os valores que meus avós tinham de que, pra ser uma pessoa bem-sucedida, era preciso primeiramente ser feliz?

Eu não acho que é errado trabalhar para comprar coisas e incentivar a máquina capitalista da sociedade. O que é errado é você abrir mão da sua felicidade e bem estar pra comprar um carro, uma casa, um notebook ou sei-lá-o-que... E a sua saúde? Tá incluída na troca? Com certeza!

No momento em que você fica até mais tarde no trabalho, não come direito pra não perder tempo e dorme menos ainda, a tua saúde vai definhando, escorrendo lentamente pra fora do seu corpo. "Ah, mas de que adianta ser saudável e continuar pobre?", você me pergunta. O que você prefere: ser um "pobre" mas ter sua saúde e poder curtir a vida com quem tá do seu lado, ou ter algumas posses e bens e ficar preocupado com o colesterol, o problema cardíaco e outros males provenientes do descuido com a saúde, tudo isso sem poder se alegrar e alegrar tua namorada (ou namorado, ou quem quer que esteja ao teu lado)?

Hoje é dada muita ênfase ao TER e não ao SER... "Eu TENHO tal carro, TENHO tantas casas, TENHO isso, TENHO aquilo..."
Okay, todo mundo já entendeu que você TEM coisas... Mas e você, o que você É?? Sua personalidade, seu estilo, seus gostos??? Tudo isso não importa diante das coisas que você tem???

Vamos parar de pensar com o bolso e começar a pensar com o cérebro!! Vamos valorizar mais quem está ao nosso lado por quem ele (ou ela) é, e não pelo que tem...

Pra terminar, recomendo uma música do Anti-Flag: One Trillion Dollars




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janeiro 24, 2011

Uma cruz entre dois males...

Saúdo-vos leitores e colaboradores deste que humildemente vos escreve.
Sei que o tempo que passei afastado foi demasiado longo, mas venho hoje compartilhar convosco, esta musica que, ao meu ponto de vista, é sensacional.
O video é um fanclip, já que a dupla não gravou um video oficial.

Sem mais delongas, despeço-me e desejo que aproveitem a musica.

Paz e Força Sempre!!





Half Jack
Dresden Dolls
Metade debaixo d'água
Eu sou metade filha da minha mãe
Uma fração deixada para disputa
A coleção inteira
Por metade do preço que eles estão pedindo
Na casa inacabada de má reputação

Metade acidental
Metade dolorosa e instrumental
Eu tenho muitas coisas pra pensar
Você acha que eles estão brincando?
Você tem que ir provocá-lo
Eu acho que você descobriu tarde demais

É metade biologia
E metade cirurgia corretiva que deu errado
Você perceberia algo engraçado
Se você ficasse aqui por muito tempo
Há muito tempo em algum buraco negro
Antes deles terem estas pílulas para tirar isso
Eu sou metade Jill
E metade Jack

Duas metades são iguais
Uma cruz entre dois males
Não é um fardo invejável
Mas se você ouvir, aprenderá a ver a diferença
Entre as metades e as não-metades

E quando o deixo entrar, sinto os meus pontos piorando
Eu tento removê-lo, mas como dizem
"O sangue é mais grosso"
Eu vejo minha mãe em meu rosto
Mas somente quando eu viajo
Eu corro o mais rápido possível
Mas Jack vem saltitando atrás de mim

E quando sou corajosa o suficiente
E acho um meio inteligente de chutá-lo pra fora
E eu estou tão bem
Que nem mesmo você e todo seu amor poderiam me pôr pra baixo
Na rua 83 ele nunca achou as palavras mágicas para mudar esse fato
Eu sou metade Jill
E metade Jack

Eu estou na metade do caminho pra casa agora
Metade esperando por uma revelação de fatos
Porque não sou grande o bastante para alojar essa multidão
Isso poderia me destruir
Mas eu sacrificaria o meu corpo
Se isso significasse que eu tiraria a parte Jack

Veja, Jack
Corra, Jack



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janeiro 13, 2011

Exigências da Vida Moderna

Saúdo-vos e poço milhões de desculpas pela ausência. Trabalho, namoro, familia, melhor amiga no msn e vááárias outras coisas contribuíram para o afastamento demasiado longo.
Como forma de desculpas, deixo-vos com um texto de Luís Fernando Veríssimo:



Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio.
E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.

Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.

Todos os dias deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer um pulôver.

Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente. E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia...

E não esqueça de escovar os dentes depois de comer. Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax. Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.

Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma.

Sobram três, desde que você não pegue trânsito. As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).

E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.

Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.

Ah! E o sexo! Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina. Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução. Isso leva tempo - e nem estou falando de sexo tântrico.

Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. Na minha conta são 29 horas por dia.
A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo! Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes. Chame os amigos junto com os seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua mulher... na sua cama.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.
Agora tenho que ir.
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro.
E já que vou, levo um jornal... Tchau!
Viva a vida com bom humor!!!

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novembro 24, 2010

Capitulo IV - A Vingança


Cerca de dois meses se passaram após Joe contar seu plano de vingança ao velho Sam. Dois meses de espera até que chegasse o  momento certo para desferir o golpe que acabaria com Toni.

Joe queria que o italiano sentisse sua dor. Queria ver o medo em seus olhos, e sabia que iria gostar disso... Sentiria prazer... Muito prazer em torcer o pescoço do italiano...

Joe Lynch era conhecido por ser um homem pacífico e trabalhador. Um homem que amava a vida e suas belezas, principalmente Anna, sua esposa. O que ele tinha agora? Nada. O bem mais preciosoque um homem pode ter, foi-lhe tirado brutalmente por uma pessoa fria e cruel. A alegria foi-se embora, juntamente com o ultimo suspiro de vida de Anna.

Todos os bons momentos, as carícias e gracejos, tudo o que havia passado ao lado dela, nada mais eram que meras lembranças de um tempo que não volta... Nunca voltará...

Embora quisesse vingar a morte de Anna, logo após o assassinato, o jovem sabia que deveria esperar pacientemente pelo momento certo. Sabia que, assim como ela prometera, tudo daria certo.

Dois meses. Dois longos e agoniantes meses que passaram lentamente, após a morte de Anna. Mas aquela noite seria "A" noite. Joe poderia vingar o sangue inocente que fora derramado.

Dois meses de cálculos, de ponderações, de considerações sobre as oportunidades, as chances, as possibilidades de falha... A noite chegara. Toni pagaria pela vida de Anna com sua propria.

O plano era deveras simples. A dor seria enormemente grande.

Fredo, o sobrinho de Toni, era um apostador azarão. Algumas vezes ganhava muito dinheiro fazendo apostas de alto risco, mas  na maioria delas, nõ ganhava mais que alguns trocados para o café e o vinho. Toni gostave dele, apesar de ser um completo idiota. Gostava muito e Joe sabia disso. Usaria isso para sua vingança!

Às 23:00, após sair do clube onde fazia suas apostas, Fredo foi abordado por um cara chamado Robert O'Hara, que o persuadiu a entrar no carro. Indo em direção ao FourLeaf, O'Hara pergunta se Fredo conheceu Anna.

- Anna? Que Anna?? Nunca ouvi falar dessa tal de Anna...
- Não conhece? Então vai fazer esse jogo de "não-sei-quem-é" e vai ficar embaçando? - Diz O'Hara ao desferir um tapa na cara de Fredo.
- Mas eu realmente não sei do que você está falando!

Chegaram ao pub. A limosine para e Fredo é empurrado para fora dela. Após a ordem, entra no bar e se depara com Joe sentado ao balcão, tomando uma dose de um legitimo whisky escocês, da reserva do velho Sam.

Joe se aproxima e, olhando nos olhos de Fredo, Dá-lhe um soco na cara e logo após, um no estomago.

- Vocês vão pagar por isso, bastardos filhos de uma puta!!! Vão pagar por tudo o que fizeram, por terem matado Anna... Vão pagar por toda a dor que me fizeram passar! - berrava JOe, olhando o italiano caído no chão, com o sangue escorrendo da boca e do nariz.

Colocaram-no sentado em uma cadeira no centro do bar mal iluminado pelas lampadas fracas e cheio de fumaça de cigarros e charutos. O interrogatóri começou.

- Quem a matou? Hein? Fale desgraçado! - outro soco em Fredo, que sangrava ainda mais.
- Eu não sei do que estão fal... - foi interrompido por um novo golpe.
- Sei que pode não ter sido você quem a matou, mas sabe quem foi! Você sabe que seu tio, o verme do seu tio, foi quem mandou matá-la...

Joe estava espumando de raiva e ódio. Seu rosto e a pele de seu pescoço estavam vermelhas de tanto gritar raivosamente e havia uma enorme veia saltada em sua têmpora.

Após horas de interrogatório, Joe chega à conclusão de que Fredo é realmente um idiota e não sabe de nada. Decide então ir falar diretamente com Toni. Dirigindo freneticamente pelo bairro italiano, ele para à entrada da cantina de Toni e entra após ser revistado.

- Olá senhor Lynch, em que posso ajudá-lo?
- Não me venha com essa de "em que posso ajudá-lo" seu verme maldito...
- Está assim por causa da morte de sua esposa, não é? - interrompeu Toni - Minhas condolências, sr, Lynch.
- Mas e mesmo um filho da puta, não é? Manda matar minha Anna e ainda tem a cara de pau de me dar as condolências...
- Sr. Lynch, eu não matei, nem mandei matar sua esposa. Ela era uma mulher muito bonita, na minha opinião. O problema foi entre nós dois. Ela não teve nada a ver com isso, certo? VOCÊ estava me devendo, não é sr. Lynch? Eu não tinha nenhum problema com ela.
- Não venha com essas histórias pra cima de mim, Toni...
- Não são histórias Joe, posso te chamar de Joe, certo? São fatos! Há alguns anos, eu tive um desentendimento com o velho Sam O'Neil. Na época eramos amigos e tinhasmos um acordo comercial que favorecia ambos os bairros, mas ele decidiu que poderia levar uma parte maior nos lucros às minhas custas. Quem mandou matar Anna, foi o velho Sam.

Joe ficou estupefato com as palavras proferidas. Não podia acreditar no que estava ouvindo. Não queria acreditar. Será que Toni estaria falando a verdade? Ou será que queria provocar uma confusão e tirar toda a suspeita de si?

- Ele quer que você me mate Joe, para poder ficar com minha parte no acordo. Mesmo que tenha sido há muito tempo, o acordo ainda dava lucros para ambas as partes.
- É mentira... VOCÊ ESTÁ MENTINDO!!! - berrou Joe, quase explodindo de raiva.
- Vá embora Joe... Pergunte ao velho sobre o nosso acordo e verá se eu estou realmente mentindo.

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Saudações, viajante...
Peço descupas pela ausência, mas está uma correria com a faculdade e o trampo... Tentarei não ficar tanto tempo ausente. 
Sem mais delongas, despeço-me.


Paz e Força Sempre!

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novembro 06, 2010

Venha Ver O Pôr-do-Sol


Saúdo-vos leitores e colaboradores.
Sem muito tempo, deixo-os com um conto de L.F.T. que, em minha humilde opinião, é muito triste, bonito e, sobretudo, SURPREENDENTE!
Sem mais delongas, despeço-me.

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Ela subiu sem pressa a tortuosa ladeira. À medida que avançava, as casas iam rareando, modestas casas espalhadas sem simetria e ilhadas em terrenos baldios. No meio da rua sem calçamento, coberta aqui e ali por um mato rasteiro, algumas crianças brincavam de roda. A débil cantiga infantil era a única nota viva na quietude da tarde.


Ele a esperava encostado a uma árvore. Esguio e magro, metido num largo blusão azul-marinho, cabelos crescidos e desalinhados, tinham um jeito jovial de estudante.

- Minha querida Raquel.

Ela encarou-o, séria. E olhou para os próprios sapatos.

- Vejam que lama. Só mesmo você inventaria um encontro num lugar destes. Que idéia, Ricardo, que idéia! Tive que descer do taxi lá longe, jamais ele chegaria aqui em cima

Ele sorriu entre malicioso e ingênuo.

- Jamais, não é? Pensei que viesse vestida esportivamente e agora me aparece nessa elegância...Quando você andava comigo, usava uns sapatões de sete-léguas, lembra?

- Foi para falar sobre isso que você me fez subir até aqui? - perguntou ela, guardando as luvas na bolsa. Tirou um cigarro. - Hem?!

- Ah, Raquel... - e ele tomou-a pelo braço rindo.

- Você está uma coisa de linda. E fuma agora uns cigarrinhos pilantras, azul e dourado...Juro que eu tinha que ver uma vez toda essa beleza, sentir esse perfume. Então fiz mal?

- Podia ter escolhido um outro lugar, não? – Abrandara a voz – E que é isso aí? Um cemitério?

Ele voltou-se para o velho muro arruinado. Indicou com o olhar o portão de ferro, carcomido pela ferrugem.

- Cemitério abandonado, meu anjo. Vivos e mortos, desertaram todos. Nem os fantasmas sobraram, olha aí como as criancinhas brincam sem medo – acrescentou, lançando um olhar às crianças rodando na sua ciranda. Ela tragou lentamente. Soprou a fumaça na cara do companheiro. Sorriu. - Ricardo e suas idéias. E agora? Qual é o programa?

Brandamente ele a tomou pela cintura.

- Conheço bem tudo isso, minha gente está enterrada aí. Vamos entrar um instante e te mostrarei o pôr do sol mais lindo do mundo.

Perplexa, ela encarou-o um instante. E vergou a cabeça para trás numa risada.

- Ver o pôr do sol!...Ah, meu Deus...Fabuloso, fabuloso!...Me implora um último encontro, me atormenta dias seguidos, me faz vir de longe para esta buraqueira, só mais uma vez, só mais uma! E para quê? Para ver o pôr do sol num cemitério...

Ele riu também, afetando encabulamento como um menino pilhado em falta.

- Raquel minha querida, não faça assim comigo. Você sabe que eu gostaria era de te levar ao meu apartamento, mas fiquei mais pobre ainda, como se isso fosse possível. Moro agora numa pensão horrenda, a dona é uma Medusa que vive espiando pelo buraco da fechadura...

- E você acha que eu iria?

- Não se zangue, sei que não iria, você está sendo fidelíssima. Então pensei, se pudéssemos conversar um instante numa rua afastada...- disse ele, aproximando-se mais. Acariciou-lhe o braço com as pontas dos dedos. Ficou sério. E aos poucos, inúmeras rugazinhas foram se formando em redor dos seus olhos ligeiramente apertados. Os leques de rugas se aprofundaram numa expressão astuta. Não era nesse instante tão jovem como aparentava. Mas logo sorriu e a rede de rugas desapareceu sem deixar vestígio. Voltou-lhe novamente o ar inexperiente e meio desatento –Você fez bem em vir.

- Quer dizer que o programa... E não podíamos tomar alguma coisa num bar?

- Estou sem dinheiro, meu anjo, vê se entende.

- Mas eu pago.

- Com o dinheiro dele? Prefiro beber formicida. Escolhi este passeio porque é de graça e muito decente, não pode haver passeio mais decente, não concorda comigo? Até romântico.

Ela olhou em redor. Puxou o braço que ele apertava.

- Foi um risco enorme Ricardo. Ele é ciumentíssimo. Está farto de saber que tive meus casos. Se nos pilha juntos, então sim, quero ver se alguma das suas fabulosas idéias vai me consertar a vida.

- Mas me lembrei deste lugar justamente porque não quero que você se arrisque, meu anjo. Não tem lugar mais discreto do que um cemitério abandonado, veja, completamente abandonado – prosseguiu ele, abrindo o portão. Os velhos gonzos gemeram. – Jamais seu amigo ou um amigo do seu amigo saberá que estivemos aqui.

- É um risco enorme, já disse . Não insista nessas brincadeiras, por favor. E se vem um enterro? Não suporto enterros.

- Mas enterro de quem? Raquel, Raquel, quantas vezes preciso repetir a mesma coisa?! Há séculos ninguém mais é enterrado aqui, acho que nem os ossos sobraram, que bobagem. Vem comigo, pode me dar o braço, não tenha medo...

O mato rasteiro dominava tudo. E, não satisfeito de ter se alastrado furioso pelos canteiros, subira pelas sepulturas, infiltrando-se ávido pelos rachões dos mármores, invadira alamedas de pedregulhos esverdinhados, como se quisesse com a sua violenta força de vida cobrir para sempre os últimos vestígios da morte. Foram andando vagarosamente pela longa alameda banhada de sol. Os passos de ambos ressoavam sonoros como uma estranha música feita do som das folhas secas trituradas sobre os pedregulhos. Amuada mas obediente, ela se deixava conduzir como uma criança. Às vezes mostrava certa curiosidade por uma ou outra sepultura com os pálidos medalhões de retratos esmaltados.

- É imenso, hem? E tão miserável, nunca vi um cemitério mais miserável, é deprimente – exclamou ela atirando a ponta do cigarro na direção de um anjinho de cabeça decepada.- Vamos embora, Ricardo, chega.

- Ah, Raquel, olha um pouco para esta tarde! Deprimente por quê? Não sei onde foi que eu li, a beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da tarde, está no crepúsculo, nesse meio-tom, nessa ambigüidade. Estou lhe dando um crepúsculo numa bandeja e você se queixa.

- Não gosto de cemitério, já disse. E ainda mais cemitério pobre.

Delicadamente ele beijou-lhe a mão.

- Você prometeu dar um fim de tarde a este seu escravo.

- É, mas fiz mal. Pode ser muito engraçado, mas não quero me arriscar mais.

- Ele é tão rico assim?

- Riquíssimo. Vai me levar agora numa viagem fabulosa até o Oriente. Já ouviu falar no Oriente? Vamos até o Oriente, meu caro...

Ele apanhou um pedregulho e fechou-o na mão. A pequenina rede de rugas voltou a se estender em redor dos seus olhos. A fisionomia, tão aberta e lisa, repentinamente escureceu, envelhecida. Mas logo o sorriso reapareceu e as rugazinhas sumiram.

- Eu também te levei um dia para passear de barco, lembra?
Recostando a cabeça no ombro do homem, ela retardou o passo.

- Sabe Ricardo, acho que você é mesmo tantã...Mas, apesar de tudo, tenho às vezes saudade daquele tempo. Que ano aquele! Palavra que, quando penso, não entendo até hoje como agüentei tanto, imagine um ano.

- É que você tinha lido A dama das Camélias, ficou assim toda frágil, toda sentimental. E agora? Que romance você está lendo agora. Hem?

- Nenhum - respondeu ela, franzindo os lábios. Deteve-se para ler a inscrição de uma laje despedaçada: - A minha querida esposa, eternas saudades - leu em voz baixa. Fez um muxoxo.- Pois sim. Durou pouco essa eternidade.

Ele atirou o pedregulho num canteiro ressequido.

- Mas é esse abandono na morte que faz o encanto disto. Não se encontra mais a menor intervenção dos vivos, a estúpida intervenção dos vivos. Veja- disse, apontando uma sepultura fendida, a erva daninha brotando insólita de dentro da fenda -, o musgo já cobriu o nome na pedra. Por cima do musgo, ainda virão as raízes, depois as folhas...Esta a morte perfeita, nem lembrança, nem saudade, nem o nome sequer. Nem isso.

Ela aconchegou-se mais a ele. Bocejou.

- Está bem, mas agora vamos embora que já me diverti muito, faz tempo que não me divirto tanto, só mesmo um cara como você podia me fazer divertir assim – Deu-lhe um rápido beijo na face. - Chega Ricardo, quero ir embora.

- Mais alguns passos...

- Mas este cemitério não acaba mais, já andamos quilômetros! – Olhou para atrás. – Nunca andei tanto, Ricardo, vou ficar exausta.

- A boa vida te deixou preguiçosa. Que feio – lamentou ele, impelindo-a para frente. – Dobrando esta alameda, fica o jazigo da minha gente, é de lá que se vê o pôr do sol. – E, tomando-a pela cintura: - Sabe, Raquel, andei muitas vezes por aqui de mãos dadas com minha prima. Tínhamos então doze anos. Todos os domingos minha mãe vinha trazer flores e arrumar nossa capelinha onde já estava enterrado meu pai. Eu e minha priminha vínhamos com ela e ficávamos por aí, de mãos dadas, fazendo tantos planos. Agora as duas estão mortas.

- Sua prima também?

- Também. Morreu quando completou quinze anos. Não era propriamente bonita, mas tinha uns olhos...Eram assim verdes como os seus, parecidos com os seus. Extraordinário, Raquel, extraordinário como vocês duas...Penso agora que toda a beleza dela residia apenas nos olhos, assim meio oblíquos, como os seus.

- Vocês se amaram?

- Ela me amou. Foi a única criatura que...- Fez um gesto. – Enfim não tem importância.

Raquel tirou-lhe o cigarro, tragou e depois devolveu-o

- Eu gostei de você, Ricardo.

- E eu te amei. E te amo ainda. Percebe agora a diferença?

Um pássaro rompeu o cipreste e soltou um grito. Ela estremeceu.

- Esfriou, não? Vamos embora.

- Já chegamos, meu anjo. Aqui estão meus mortos.

Pararam diante de uma capelinha coberta de alto a baixo por uma trepadeira selvagem, que a envolvia num furioso abraço de cipós e folhas. A estreita porta rangeu quando ele a abriu de par em par. A luz invadiu um cubículo de paredes enegrecidas, cheias de estrias de antigas goteiras. No centro do cubículo, um altar meio desmantelado, coberto por uma toalha que adquirira a cor do tempo. Dois vasos de desbotada opalina ladeavam um tosco crucifixo de madeira. Entre os braços da cruz, uma aranha tecera dois triângulos de teias já rompidas, pendendo como farrapos de um manto que alguém colocara sobre os ombro do Cristo. Na parede lateral, à direita da porta, uma portinhola de ferro dando acesso para uma escada de pedra, descendo em caracol para a catacumba.

Ela entrou na ponta dos pés, evitando roçar mesmo de leve naqueles restos da capelinha.

- Que triste é isto, Ricardo. Nunca mais você esteve aqui?

Ele tocou na face da imagem recoberta de poeira. Sorriu melancólico.

- Sei que você gostaria de encontrar tudo limpinho, flores nos vasos, velas, sinais da minha dedicação, certo?

- Mas já disse que o que eu mais amo neste cemitério é precisamente esse abandono, esta solidão. As pontes com o outro mundo foram cortadas e aqui a morte se isolou total. Absoluta.

Ela adiantou-se e espiou através das enferrujadas barras de ferro da portinhola. Na semi-obscuridade do subsolo, os gavetões se estendiam ao longo das quatro paredes que formavam um estreito retângulo cinzento.

- E lá embaixo?

- Pois lá estão as gavetas. E, nas gavetas, minhas raízes. Pó, meu anjo, pó- murmurou ele. Abriu a portinhola e desceu a escada. Aproximou-se de uma gaveta no centro da parede, segurando firme na alça de bronze, como se fosse puxá-la. – A cômoda de pedra. Não é grandiosa?

Detendo-se no topo da escada, ela inclinou-se mais para ver melhor.

- Todas estas gavetas estão cheias?

- Cheias?...- Sorriu.- Só as que tem o retrato e a inscrição, está vendo? Nesta está o retrato da minha mãe, aqui ficou minha mãe- prosseguiu ele, tocando com as pontas dos dedos num medalhão esmaltado, embutido no centro da gaveta.

Ela cruzou os braços. Falou baixinho, um ligeiro tremor na voz.

- Vamos, Ricardo, vamos.

- Você está com medo?

- Claro que não, estou é com frio. Suba e vamos embora, estou com frio!
Ele não respondeu. Adiantara-se até um dos gavetões na parede oposta e acendeu um fósforo. Inclinou-se para o medalhão frouxamente iluminado:

- A priminha Maria Emília. Lembro-me até do dia em que tirou esse retrato. Foi umas duas semanas antes de morrer... Prendeu os cabelos com uma fita azul e vejo-a se exibir, estou bonita? Estou bonita?...- Falava agora consigo mesmo, doce e gravemente.- Não, não é que fosse bonita, mas os olhos...Venha ver, Raquel, é impressionante como tinha olhos iguais aos seus.

Ela desceu a escada, encolhendo-se para não esbarrar em nada.

- Que frio que faz aqui. E que escuro, não estou enxergando...

Acendendo outro fósforo, ele ofereceu-o à companheira.

- Pegue, dá para ver muito bem...- Afastou-se para o lado.- Repare nos olhos.

- Mas estão tão desbotados, mal se vê que é uma moça...- Antes da chama se apagar, aproximou-a da inscrição feita na pedra. Leu em voz alta, lentamente.- Maria Emília, nascida em vinte de maio de mil oitocentos e falecida...- Deixou cair o palito e ficou um instante imóvel – Mas esta não podia ser sua namorada, morreu há mais de cem anos! Seu menti...

Um baque metálico decepou-lhe a palavra pelo meio. Olhou em redor. A peça estava deserta. Voltou o olhar para a escada. No topo, Ricardo a observava por detrás da portinhola fechada. Tinha seu sorriso meio inocente, meio malicioso.

- Isto nunca foi o jazigo da sua família, seu mentiroso? Brincadeira mais cretina! – exclamou ela, subindo rapidamente a escada. – Não tem graça nenhuma, ouviu?

Ele esperou que ela chegasse quase a tocar o trinco da portinhola de ferro. Então deu uma volta à chave, arrancou-a da fechadura e saltou para trás.

- Ricardo, abre isto imediatamente! Vamos, imediatamente! – ordenou, torcendo o trinco.- Detesto esse tipo de brincadeira, você sabe disso. Seu idiota! É no que dá seguir a cabeça de um idiota desses. Brincadeira mais estúpida!

- Uma réstia de sol vai entrar pela frincha da porta, tem uma frincha na porta. Depois, vai se afastando devagarinho, bem devagarinho. Você terá o pôr do sol mais belo do mundo.

Ela sacudia a portinhola.

- Ricardo, chega, já disse! Chega! Abre imediatamente, imediatamente!- Sacudiu a portinhola com mais força ainda, agarrou-se a ela, dependurando-se por entre as grades. Ficou ofegante, os olhos cheios de lágrimas. Ensaiou um sorriso. - Ouça, meu bem, foi engraçadíssimo, mas agora preciso ir mesmo, vamos, abra...

Ele já não sorria. Estava sério, os olhos diminuídos. Em redor deles, reapareceram as rugazinhas abertas em leque.

- Boa noite, Raquel.

- Chega, Ricardo! Você vai me pagar!... - gritou ela, estendendo os braços por entre as grades, tentando agarrá-lo.- Cretino! Me dá a chave desta porcaria, vamos!- exigiu, examinando a fechadura nova em folha. Examinou em seguida as grades cobertas por uma crosta de ferrugem. Imobilizou-se. Foi erguendo o olhar até a chave que ele balançava pela argola, como um pêndulo. Encarou-o, apertando contra a grade a face sem cor. Esbugalhou os olhos num espasmo e amoleceu o corpo. Foi escorregando.

- Não, não...

Voltado ainda para ela, ele chegara até a porta e abriu os braços. Foi puxando as duas folhas escancaradas.

- Boa noite, meu anjo.

Os lábios dela se pregavam um ao outro, como se entre eles houvesse cola. Os olhos rodavam pesadamente numa expressão embrutecida.

- Não...

Guardando a chave no bolso, ele retomou o caminho percorrido. No breve silêncio, o som dos pedregulhos se entrechocando úmidos sob seus sapatos. E, de repente, o grito medonho, inumano:

- NÃO!

Durante algum tempo ele ainda ouviu os gritos que se multiplicaram, semelhantes aos de um animal sendo estraçalhado. Depois, os uivos foram ficando mais remotos, abafados como se viessem das profundezas da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano escutaria agora qualquer chamado. Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.

Lygia Fagundes Telles

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outubro 28, 2010

O rumo indefinido do amor

Amor.

Ser pensante, infame, infantil.

Amor triangular, quadrado, pentagonal, octogonal.

Uma profusão de lados, arestas, pontas, superfícies.

Amor, que é mecânico, orgânico, sutil, vulgar, vil, honesto.

Que morre e mata. Que é ferro, fogo, mar e ar.

É espinho venenoso na carne doce.

É boca, costas, mãos, pernas.

As vezes insalubre, sempre insano.

Amor. Que é dubio ou explicito.

Visto, assistido, comemorado, gritado, temperado.

Amor que é preparado com amor.

Degustado, apetece ao paladar, mas que quase sempre termina como o resto.

Mal dito, mal pago, mal acabado.

Macabro, mortalmente ferido no peito.

Transpassado e finalmente esquecido.

Ah.... o amor.


- x -


Pois é então... Romantismo correndo solto pelo BS!

Faz um tempo que não escrevo poesias, mas essa semana, durante a viagem de vinda pra faculdade, olhando a paisagem me veio essas frases sobre o amor... Só pra constar, eu acredito no amor, okay! ;)

Bom, era isso por hoje... Não esqueça ai de visitar o Metal Contra as Nuvens!!

:)


Espero que gostem do post...

Paz e Força Sempre!!

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I Don't Belong Here...

Antes de mais nada, quero que coloquem essa música pra tocar enquanto estiverem lendo o texto... Ela é a SoundTrack desse post...

-x-

Onde está ela? Preciso que esteja aqui me dando o apoio que somente ela é capaz de dar... Com um carinho e proteção que só ela sabe expressar...
Me sinto perdido, sozinho nesta sala vazia, repleta de pessoas vazias, com vidas e conversas vazias. Assim como eles, também sou vazio, pois não a tenho ao meu lado, para completar-me a existência.

Seus olhos castanhos, ah os olhos, como são lindos... Distoam de sua pele clara e combinam com o brilho de seu sorriso tímido e reservado, de canto de boca... Os cabelos sedosos e vermelhos, com graciosidade emolduram seu rosto sereno e de uma beleza que só ela tem...

Neste lugar, não conheço ninguém. Não dirijo a palavra aos outros convidados se eles não falarem comigo. Políticos, personalidades, artistas, escritores e todo o tipo de pessoa publica e famosa. Eu? Só mais um anônimo entre eles, como os garçons.

Ela? Vencedora do prêmio Pulitzer, a maior premiação que um jornalista poderia receber.
Eu: anônimo, mais um funcionário da repartição; Ela: jornalista de de sucesso, destaque em todos os jornais...

Como eu vim parar aqui? Como ela aceitou ficar comigo para o resto da vida? Sei que não sou nenhum modelo de beleza, nem tenho um porte físico muito elogiável, mas ela... Ela é perfeita! Suas curvas, seu olhar, o jeito misterioso como ela sorri... Como tive a sorte de me casar com ela. Tive sorte de poder estar ao seu lado e dar-lhe meu amor e carinho... E receber dela a força necessária para continuar vivendo, errando e aprendendo com esses erros...

-x-

Salve galera... É, o BS tá numa fase obscuramente "corte os pulsos"... mas isso vai passar logo...
Peço que vejam o post novo da Fefeeh no #MCN... muito bom... *fikadika

Paz e Força Sempre!!

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